Tatuador alertou sobre verruga antes de começar a tatuagem
Essa é uma daquelas histórias que a gente lê e fica desacreditado em como ignorar alguns sinais podem complicar nossa vida, e de como é importante os tatuadores buscarem cada vez mais cursos e workshops pra ajudar nesse tipo de situação. Tom Linton, da Inglaterra, tinha 19 anos quando foi diasnosticado com Melanoma. Vamos logo fazer um resumo do que é esse tal de Melanoma:
Imagina aí que a nossa pele tem umas células que dão cor pra ela, tipo uns “pintores” chamados melanócitos. Eles que fazem a gente ficar bronzeado no sol ou ter aquela pinta que já vem de fábrica, ou seja, do nascimento. O Melanoma é o câncer de pele mais perigoso que existe, e ele nasce justamente quando esses “pintores” (os melanócitos) piram e começam a se reproduzir de forma descontrolada e errada. É como se eles resolvessem fazer uma bagunça estilo Gremlins e começassem a crescer sem parar, inclusive indo pra outras partes do corpo de onde apareceu primeiro.
Quando foi avisado de que havia algo incomum em sua pele?
Tom Linton tinha feito o agendamento de sua primeiríssima tatuagem, uma homenagem pra sua mãe que tinha se curado de uma doença chamada Fibrose Cística, quando o tatuador dele percebeu uma verruga estranha em sua pele na parte do antebraço. Somente quando Tom começou seu tratamento no hospital que a família reparou que essa pode ter sido a primeira vez que o câncer tinha sido descoberto.
Amanda, a mãe de Tom, disse em entrevista que o filho nunca havia falado nada a respeito da verruga pois achava que aquilo não seria nada sério pra se preocupar.
“Nós perguntamos a ele o motivo de nunca ter contado pra ninguém, nunca ter nos pedido ajuda. Mas ele respondeu que ele nem sabia o que Melanoma era”. Explica a mãe de Tom numa entrevista a BBC de Londres. “Nem passava pela cabeça dele que pessoas com menos de 20 anos poderiam ter câncer.”
Steven Linton, o pai de Tom, lembra de ter recebido as piores notícias de sua vida no hospital:
“O Doutor já entrou com a equipe de enfermeiras especializadas em cuidados paliativos. Desse jeito você já sabe que serão péssimas notícias. Era uma chance em 50% dele se recuperar, então a gente se agarra a qualquer possibilidade de esperança” Tom Linton faleceu com 20 anos.
Kerry Rafferty, CEO da Melanoma-Me Foundation, explica que existe muita desinformação ou informação nenhuma sobre o câncer de pele. “Muitas pessoas acham que essa é especificamente uma doença de idosos, mas a maioria das pessoas com quem trabalhamos tem menos de 50 anos. Se nós conseguirmos entrar na cabeça das pessoas e conscientizá-las em sobre como o Melanoma se apresenta, e de que isso pode acontecer com qualquer pessoa… que se houver alguma mudança na pele de alguém, as pessoas não vão simplesmente ignorar e deixar pra lá.” Diz Kerry.
A história de Tom Linton, um jovem inglês de 19 anos, serve como um alerta impactante sobre a importância de não ignorar sinais incomuns na pele e a necessidade vital de maior conscientização sobre o melanoma. Esse caso trágico também ressalta o papel fundamental que profissionais como os tatuadores podem desempenhar na detecção precoce de condições graves de saúde.
O Melanoma é o tipo mais perigoso de câncer de pele, originado nos melanócitos, as células responsáveis pela pigmentação da pele. Quando essas células se reproduzem de forma descontrolada e errônea, podem formar um tumor que, se não tratado a tempo, pode se espalhar para outras partes do corpo. A doença é frequentemente associada à exposição solar, mas pode se manifestar de diversas maneiras e em diferentes idades.
Você conhece alguém que trabalhe no marketing de alguma empresa de cosméticos pra tatuagem, ou se você é essa pessoa, pra gente ver uma possibilidade dessa ideia chegar a mais pessoas? Alguém que banque workshops e cursos grátis pros tatuadores, e pessoas que trabalhem com pele serem treinadas pra perceberem esses sinais que nosso corpo manda. Eu ficaria feliz de poder ajudar humildemente divulgando isso. Meu email é thefilipelopes@gmail.com
Fonte: BBC
