Estudo mostra a porcentagem de tinta de tatuagem que fica em nosso corpo
“Meu Deus do céu! Como que pode a minha tatuagem quando está novinha ficar pretona, e depois fica bem mais clarinha? Como que isso acontece?”. Mais uma vez, uma equipe de cientistas alemães chegam com o que pode ser o início dessa resposta. Eles descobriram que apenas 20% do pigmento da tinta fica realmente no nosso corpo, o restante vai-se embora durante a cicatrização, obviamente. Essa é a primeira vez que fazem um estudo desse tipo, seguindo a onda de outros cientistas que tem olhado bastante pra tatuagem.
Parece que a galera tá querendo correr atrás do tempo perdido, pois eu acho uma vergonha daquelas esculachantes não existir, por exemplo, um estudo científico pra provar de uma vez por todas, com fatos medicinais e tudo mais de que se pode ou não pode se tatuar quando a pessoa está grávida. Sim galera, não existe simplesmente uma pesquisa pra isso, nunca existiu até hoje. Vamos torcer pra eles continuarem nessa pegada de fazer valer a pena o diploma!
Onde a pesquisa foi realizada?
A equipe responsável por essa descoberta, é dos manos do Instituto Federal de Avaliação de Riscos da Alemanha, ou BfR. O resultado deixou os cientistas espantados. Eles rastrearam os componentes líquidos da tinta em 24 pessoas que se voluntariaram em Berlim, para serem tatuadas com tintas pretas e vermelhas, adicionadas com uma nanotecnologia com substância rastreadora. Meu Deus do céu, parece até uma coisa que o Jarvis do Homem de Ferro faria.

O resultado do estudo foi publicado na revista Archives of Toxicology, eles fizeram exames de urina e de sangue com os participantes antes, durante e depois das sessões de tattoo, que duraram cerca de três horas e meia. (Muito maneiro ver que os caras tentam manter um padrão na pesquisa controlando até o tempo de duração da tatuagem).
Afinal de contas, pra onde vai o pigmento da tinta da tatuagem?
A pesquisa mostrou que nosso corpo metaboliza as substâncias do pigmento de forma distinta quando são injetadas pela tatuagem em nossa pele. Uma das substâncias marcadoras se transformou em outros compostos bem mais rápido do que o esperado, graças a enzimas presentes nas células da pele! Além disso, eles também pesaram os tubinhos de tintas antes e depois das tatuagens, analisando até mesmo o que restava nas agulhas, papeis de limpeza e nas luvas dos tatuadores. E foi assim que eles chegaram num número surpreendente de apenas um quinto de pigmento ficando em nossa pele de fato!

“O resultado da nossa pesquisa, vai ajudar a podermos avaliar os riscos de saúde de nos tatuarmos mais precisamente no futuro”
Essa descoberta é importante porque levanta questões sobre os riscos da tatuagem. Estudos anteriores do BfR já tinham mostrado que os pigmentos da tinta podem se acumular nos gânglios linfáticos, expondo o sistema imunológico a substâncias químicas potencialmente tóxicas. Vale lembrar que os pigmentos são a parte sólida da tinta e não foram o foco desse novo estudo.
Cada país tem uma regra diferente pras tintas de tatuagem
As tintas aqui do Brasil passam pelo processo de segurança mais rigoroso do mundo, e por isso são consideradas as mais seguras do planeta. Já nos Estados Unidos, a FDA (Food and Drug Administration) considera as tintas de tatuagem como um cosmético, o que significa que elas não precisam de aprovação prévia como medicamentos, e aí podem acontecer atrocidades como alguns tubos de tintas de tatuagem saírem contaminados com bactérias de fábrica, como mostra esse estudo que você pode ler clicando aqui!
Enquanto isso, as pesquisas sobre os efeitos da tatuagem na saúde continuam. Um estudo do ano passado sugeriu uma ligação entre tatuagens e um risco maior de linfoma, um tipo de câncer no sangue, mas alguns especialistas disseram que as evidências não eram convincentes. Você pode ler esse artigo traduzido por nós clicando aqui.
Fonte: NY Post